“Eu te vejo!” e “Plataforma Radar” são os dois projetos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que estão entre os 15 finalistas da 2ª edição do Prêmio Inovação do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A premiação reconhece iniciativas inovadoras e soluções já implementadas cujos resultados concretos contribuem para o enfrentamento dos desafios da Justiça.

Os finalistas serão apresentados durante a abertura do Encontro Nacional de Laboratórios de Inovação do Judiciário (FestLabs), organizado pelo CNJ. O evento será realizado no Pará, entre os dias 3 a 5 de setembro.

“Eu te vejo!”

O projeto “Eu te vejo!” está concorrendo na subcategoria “Ideias Inovadoras” (pertencente à categoria “Gestão Judicial Inovadora”), porque ainda não foi implementado. Trata-se de uma colaboração com o TRF2, TJRJ, e TRT1 e nasceu de uma constatação sensível da Seção de Gestão Ambiental, Inclusão e Acessibilidade (Segaia) referente à invisibilidade cotidiana das(os) terceirizadas(os), especialmente as(os) auxiliares de serviços gerais.

Nesse contexto, foi idealizada a ação “Me Chame pelo Nome”, que consistia na exposição de fotos de auxiliares nas copas dos andares onde atuam, mas que se revelou de difícil implementação. A iniciativa, então, ganhou adesão do eLaboraRio, laboratório coordenado pela Seção de Inovação (Seinov), que decidiu dar continuidade à ideia em um novo formato, mais robusto e estruturado.

Assim, o projeto “Eu Te Vejo!” propõe utilizar a abordagem do design thinking para desenvolver soluções colaborativas, construídas com a participação ativa dos envolvidos. Além da co-criação, a solução deve ser replicável em diferentes unidades e contextos de trabalho, garantindo que todas(os) terceirizadas(os) se sintam reconhecidos e valorizados.

“Apesar de sua presença constante e do papel essencial que desempenham para o funcionamento da instituição, esses profissionais ainda não são plenamente reconhecidos nem integrados à cultura organizacional”, afirmou a gerente do projeto e chefe da Seinov, Claudeci de Oliveira.

Esse trabalho está sendo feito em conjunto com a Secretaria de Serviços Gerais. O laboratório faz um piloto e a própria unidade implementa depois o projeto. Seu desenvolvimento, portanto, só está sendo possível com participação ativa dos setores dessa unidade, em especial do coordenador de Serviços Gerais, Flavio Celano, que encampou a ideia e está em constante contato com o eLaboraRio para viabilizar a implantação efetiva do projeto.

“Plataforma Radar”

Concorrendo na subcategoria “Inovações com Resultados Comprovados”, o Radar é uma plataforma digital que reúne em um único local todos os painéis de Business Intelligence (BI) que possibilitam auxílio à autogestão cartorária e à gestão processual e de dados eleitorais dos cartórios eleitorais, tornando-se um “hub digital”.

Assim, trata-se de uma plataforma tecnológica que agrupa vários painéis de gestão e controle de processos judiciais do PJe, metas nacionais do CNJ, Ranking de Eficiência, processos administrativos do SEI, requerimentos de Título Net, cadastro eleitoral do ELO e, recentemente, do Sistema de Apoiamento para Fundação de Partido Político (SAPF).

Há dois anos em funcionamento, a plataforma foi criada e desenvolvida numa parceria da Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral (VPCRE) com a Seção de Análises de Dados e Inteligência de Negócios (Seadin). O coordenador da Coordenadoria de Supervisão e Orientação às Zonas Eleitorais (Csori), Pablo Barros, destacou os benefícios da nova funcionalidade.

“A plataforma Radar trouxe mais eficiência na gestão cartorária, facilitando e otimizando o acesso aos dados da zona eleitoral de diversos sistemas, uma vez que centralizou em um só local as informações e consultas de vários painéis", afirmou o Pablo Barros, que conduziu o trabalho ao lado da assistente de planejamento da Vice-Presidência e Corregedoria Regional Eleitoral, Milene Cater.

“A consulta de dados por meio da plataforma possibilita a obtenção de uma visão abrangente de toda situação cartorária pelas zonas eleitorais, permitindo uma melhor avaliação da priorização de tarefas no cartório, verificação do desempenho da unidade, como também facilitando a identificação e correção de eventuais falhas”, complementou o coordenador.