Projeto #PartiuVotar leva palestras para escola na Região Serrana
Estudantes do Ensino Médio em São José do Vale do Rio Preto também participaram de votação simulada

O projeto #Partiu Votar, promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-RJ, esteve nesta quinta-feira (19), na cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana. Cerca de 360 alunos do Colégio Estadual Coronel João Limongi assistiram palestras sobre cidadania e democracia, ministradas pelo juiz da 196ª Zona Eleitoral, Rubens Soares Viana Junior, e servidores da Justiça Eleitoral.
O magistrado destacou a importância dos jovens participarem da vida política e fazerem o alistamento eleitoral, inclusive aqueles com 16 e 17 anos, para o qual o voto é facultativo. "O voto de vocês pode fazer a diferença num pleito eleitoral local. Quanto maior esse eleitorado, mais o Poder Público tende a direcionar suas pautas e decisões para esse público", afirmou.
O juiz também explicou sobre os mecanismos de segurança da urna eletrônica, como o boletim de urna. "Trata-se de um documento impresso emitido pela urna ao final da votação, e colocado à disposição do público. O boletim de urna contendo o resultado é expedido antes de qualquer transmissão de dados e o resultado sempre confere com o divulgado pelo TRE ou TSE no final", explicou. Ele também destacou que a urna eletrônica não tem acesso à internet, impossibilitando ataques de hackers.
Servidor da EJE-RJ, Maurício Duarte, falou sobre a divisão dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e suas atribuições. "São poderes que são independentes e devem atuar em harmonia. Tão importante quanto escolher prefeito, governador e presidente, é votar com consciência para os representantes nas casas legislativas", disse.
O servidor Vitor Maciel explicou que o quantitativo de votos em branco ou nulos não têm efeito de anular eleições."Isso é um mito. Os dois tipos de voto não têm diferença alguma, são considerados votos não-válidos, portanto não computados para o resultado geral", disse. Ele destacou que, seja para cargos majoritários (presidente, governador, prefeito, senador) ou proporcionais, somente se leva em consideração os votos válidos.
O servidor Aldenir Moraes, membro da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) lembrou a importância de plataformas políticas que privilegiem não só causas sociais, mas também pessoas com deficiências. "Falta representatividade para essa parcela da sociedade", afirmou.
Votação simulada
Ao final das palestras, os estudantes participaram de uma eleição simulada, com voto em urnas eletrônicas. Foram formadas três chapas, com diferentes propostas de governo, que priorizavam a luta contra a fome, a desigualdade de renda e o combate à corrupção. Os estudantes Juan Teixeira, 18 anos, e Pedro Resende, 17, (foto) participaram, desempenhando os papéis de mesários.
Eles habilitaram a votação de cada "eleitor(a)" na urna e emitiram boletim de urna ao final do pleito. "Não fazia ideia das atribuições envolvidas", disse Juan. "Também fiquei sabendo que o trabalho de mesário conta como critério para desempate em concursos públicos", disse.
Justiça itinerante
Os estudantes também tiveram a oportunidade de fazer o alistamento eleitoral ou alterações no cadastro. No total foram realizados 176 atendimentos.
Nesta sexta-feira (19), o projeto #PartiuVotar retorna ao Colégio Estadual Coronel João Limongi, maior escola da rede pública no município, para continuar as atividades, com outras turmas.