O desembargador Peterson Barroso Simão participou, nesta quinta-feira (11), de sua última sessão de julgamento à frente do Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), no plenário do Palácio da Democracia, no Centro do Rio. Em seu discurso, o magistrado demonstrou carinho e gratidão aos(às) servidores(as) e colaboradores(as) da Justiça Eleitoral ao longo de seu biênio de mandato na Corte.

"Ao me despedir deste tribunal, levo comigo um presente do destino que jamais abandonará minhas boas recordações. Confesso que vivi feliz e intensamente estes dois anos, graças à profunda dedicação de todo o quadro de magistrados, servidores e terceirizados. Aqui no TRE-RJ, nem os antigos coronéis, nem as elites sem limites e nem aqueles que insistem em transgredir as leis e os Direitos Humanos terão algum tipo de vantagem", afirmou o magistrado.

O corregedor regional eleitoral e vice-presidente do TRE-RJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, agradeceu pela oportunidade de trabalhar ao lado do presidente do TRE-RJ, cujo mandato vai até 15 de dezembro. "Sua humildade em presidir o Tribunal tem sido notória. O senhor trata com igual respeito desde o garçom que serve o café até o mais importante desembargador. Sem dúvida, deixará seu legado na história deste Tribunal", reconheceu.

A desembargadora Sylvia Therezinha Hausen declarou ser uma honra poder fazer parte de uma corte presidida pelo desembargador Peterson Barroso Simão. "Agradeço a acolhida gentil e generosa de vossa excelência, presidente. Sentiremos sua falta nesta corte", declarou.

O desembargador Bruno Bodart agradeceu ao presidente do TRE-RJ a acolhida desde o primeiro momento de sua presença no Colegiado. "O senhor deixa sua marca na história deste Tribunal. Presidiu esta corte com dinamismo, ouviu a todos, trouxe uma administração ágil e respeitosa com todos. Mas também marcou minha história pessoal", enfatizou.

REALIZAÇÕES DA GESTÃO 

Na gestão do desembargador Peterson Barroso Simão, o TRE-RJ alcançou a pontuação máxima no Ranking da Transparência de 2025, ao atender integralmente os critérios de avaliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em outubro deste ano, o presidente inaugurou o Edifício Desembargador Antônio Jayme Boente, que atualmente abriga diversas unidades administrativas do TRE-RJ. O prédio está localizado em frente ao Palácio da Democracia, na Rua da Alfândega 41. Com a inauguração, o Tribunal concluiu o processo de mudança de sede, iniciado em julho de 2024. Os dois edifícios ficam na esquina das ruas Alfândega e Quitanda, no Centro do Rio.

Nesta gestão, foi realizada a 1ª Semana de Inovação do Tribunal, que buscou aproximar o quadro de servidores(as) do tema, demonstrando que as transformações dependem de atitudes inovadoras, e não de recursos tecnológicos de última geração. A programação abordou temas como liderança, atendimento humanizado, tecnologia e bem-estar no trabalho.

Preocupado com a inclusão, o desembargador Peterson Barroso Simão firmou compromisso em tornar as instalações do Tribunal com 100% de acessibilidade motora até o final de 2027. Durante o workshop Democracia & Acessibilidade, em julho deste ano, o magistrado assinou uma carta de intenção que prevê diversas medidas para garantir que pessoas com deficiência possam votar com plena autonomia.

Em junho deste ano, o Palácio da Democracia sediou, pela primeira vez, o Desenvolve JE, encontro bienal das unidades de Gestão de Pessoas da Justiça Eleitoral de todo o país. O objetivo da iniciativa foi promover o intercâmbio de experiências, divulgar boas práticas e incentivar iniciativas que contribuam para o aprimoramento técnico das áreas de cultura organizacional e de seus públicos de relacionamento.

A sede do Tribunal recebeu ainda, há dois meses, a exposição "A arte brasileira de Gerardo de Souza", com pinturas e esculturas do artista plástico cearense, referência da arte naïf nacional.

Em uma de suas últimas iniciativas como presidente do TRE-RJ, o desembargador Peterson Barroso Simão promoveu o lançamento do livro "Centenário do Palácio da Democracia (1926–2026)". A obra narra a trajetória do edifício que, inicialmente, abrigou o Banco Alemão Transatlântico. Em 2022, o prédio foi cedido ao Tribunal e há um ano e meio funciona como sede desta Justiça especializada.