Os profissionais da imprensa que se credenciaram para cobrir o primeiro turno das eleições nas sedes do TRE-RJ e do TJRJ também terão acesso às dependências da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. No local, será realizado o projeto-piloto com biometria do Teste de Integridade das urnas eletrônicas no próximo domingo (2), data do primeiro turno.

Criado neste mês pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da Resolução 23.710/2022, o procedimento contará com eleitoras e eleitores voluntários que, após votar no dia do pleito, serão convidados a participar da iniciativa.

O acesso aos ambientes de auditoria tanto da FGV, quanto do TJRJ, onde serão realizados os Testes de Integridade, será restrito. Como o trabalho da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave) exige bastante concentração, será permitido que apenas um cinegrafista ou fotógrafo faça o registro por vez. As entradas ao vivo e "passagens" dos jornalistas não poderão ser feitas próximas aos ambientes das auditorias, que precisam de silêncio. 

Como funciona o projeto-piloto

A eleitora ou o eleitor voluntário que aceitar participar do Teste de Integridade, após assinar um termo de consentimento, posicionará seu dedo no leitor biométrico de uma das seis urnas, selecionadas em audiência pública no sábado (1º), para passar pelo procedimento. A ação liberará o equipamento para que a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave) faça a votação. A Justiça Eleitoral ressalta que a participação na auditoria não significa que o eleitor ou eleitora votará duas vezes. 

Após a liberação da urna com a digital da eleitora ou eleitor voluntário, a equipe da Cave faz o mesmo procedimento previsto no Teste de Integridade, que ocorrerá no TJRJ e consiste em uma votação simulada. 

Na data do pleito, das 8h às 17h, mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados em cédulas previamente preenchidas por representantes dos partidos políticos e demais entidades fiscalizadoras são digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador. 

Realizado há 20 anos nas eleições, o Teste de Integridade, previsto na Resolução TSE 23.673/2021, é uma das etapas de auditoria da votação eletrônica. Nas Eleições 2022, o procedimento teve o número de urnas ampliado. No estado do Rio de Janeiro, 33 urnas passarão pelo Teste de Integridade e, em seis delas, será realizado o projeto-piloto com biometria.