Papel das novas tecnologias na democracia é tema de aula da EJE-RJ

Organizada em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a aula foi ministrada pelo professor de Direito Público Comparado da Universidade de Roma La Sapienza, Alessandro Zagarella

Auditório onde veem-se, ao fundo, os componentes da mesa debatedora sobre o papel das novas tecn...

Na noite de quarta-feira (19), a Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro (EJE-RJ) promoveu uma aula aberta para debater o papel das novas tecnologias na melhoria da representação política e, por consequência, da democracia. Mediador do encontro, o vice-diretor da EJE-RJ, desembargador eleitoral Ricardo Alberto Pereira, destacou a atualidade do tema. "Num momento em que debatemos amplamente o impacto da desinformação e formas de controle das mídias sociais a fim de garantir que as propagandas sigam critérios legalmente estabelecidos, esse tipo de evento é de suma importância, por aliar a atuação acadêmica à prática", disse o vice-diretor.

Organizada em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a aula foi ministrada pelo professor de Direito Público Comparado da Universidade de Roma La Sapienza, Alessandro Zagarella. Ele falou sobre a experiência da União Europeia e da Itália na criação de novos mecanismos de participação política. "Os atuais instrumentos de democracia participativa já não funcionam para tornar os governos e instituições públicas mais transparentes e confiáveis", afirmou o professor. 

Após a palestra, o debate foi iniciado pelo coordenador do curso de pós-graduação em Direito Eleitoral da Uerj/TRE-RJ, Marcelo Weick. Ele lembrou a experiência da Estônia, onde não houve aumento da participação política mesmo após a implementação da votação eletrônica. "Para que esses novos mecanismos sejam exitosos é preciso que pensemos em formas de promover a inclusão e a educação digital", afirmou Weick. Ex-diretor da EJE-RJ, o desembargador estadual Fernando Chagas defendeu que era preciso dimensionar o impacto que as consultas públicas têm sobre as pessoas, em especial, "numa realidade polarizada como a que se vive atualmente no Brasil". A advogada e professora Vânia Aieta, que também é coordenadora do curso de pós-graduação, também participou da mesa debatedora.

A íntegra da palestra está disponível na página do TRE-RJ no Facebook. Mais informações sobre os próximos cursos da EJE-RJ podem ser acessadas aqui.

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