O desembargador Henrique Figueira participou, nesta quarta-feira (19), de sua última sessão de julgamento à frente do Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). O magistrado foi elogiado por sua condução do pleito municipal de 2024 e lembrado pelos membros da Corte especialmente pelo enfrentamento às candidaturas de pessoas ligadas ao crime organizado. 

"Temos a função de garantir, fortalecer e desenvolver a democracia a cada dia, em cada julgamento e em cada eleição que organizamos e comandamos", defendeu o presidente do TRE-RJ, desembargador Henrique Figueira.

Prestes a encerrar sua gestão, o desembargador anunciou que, nesta terça-feira (18), assinou com o prefeito Eduardo Paes o termo de cessão do Edifício Sulacap para o TRE-RJ. Localizado na Rua da Alfândega 41, em frente ao Palácio da Democracia, o prédio abrigará as unidades administrativas que ainda operam na antiga sede do Tribunal, na Avenida Presidente Wilson.

O magistrado, cujo mandato como membro da Corte Eleitoral fluminense termina na segunda-feira (24), recebeu os cumprimentos dos demais membros do Colegiado, da procuradora regional eleitoral Neide Oliveira e de advogados.

O vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Peterson Barroso Simão, elogiou a coragem e a capacidade de gestor do presidente Henrique Figueira. "Indeferir o registro de candidatos ligados ao crime organizado foi essencial para a sociedade", garantiu o magistrado.

Membro da Corte Eleitoral fluminense, o desembargador federal Ricardo Perlingeiro também elogiou a coragem do desembargador Henrique Figueira na condução das eleições municipais. "Sua gestão enfrentou um cenário desafiador nas eleições e tomou a decisão corajosa de transferir locais de votação, reforçando a confiança da sociedade na Justiça Eleitoral", afirmou. 

Realizações da gestão

Sob a liderança do desembargador Henrique Figueira, o pleito de 2024 foi o maior da história, envolvendo um contingente de 13 milhões de eleitores e eleitoras. Para garantir a segurança do processo, o TRE-RJ realocou mais de 50 locais de votação, assegurando que os(as) eleitores(as) dessas áreas pudessem votar com tranquilidade, longe da influência do crime organizado.

Durante sua gestão, o desembargador também entregou o Palácio da Democracia — a nova sede do TRE-RJ — inaugurado em julho de 2024. O novo prédio trouxe melhores condições de trabalho para servidores(as) e magistrados(as).

A aproximação entre a Justiça Eleitoral e o eleitorado fluminense foi outro marco importante da gestão do desembargador Henrique Figueira. A campanha #VemPraBiometria impulsionou o cadastramento biométrico no estado, enquanto a Justiça Eleitoral Itinerante levou serviços do TRE-RJ a regiões sem postos fixos de atendimento.

Além disso, o TRE-RJ destacou-se nacionalmente, tornando-se o Tribunal Eleitoral com maior engajamento nas redes sociais — ultrapassando até mesmo o TSE — e conquistando o Selo Prata do Prêmio CNJ de Qualidade.

Mais despedidas 

A sessão desta quarta-feira (19) marcou ainda a despedida da desembargadora Daniela Bandeira de Freitas, cujo mandato de dois anos como membro do Colegiado do TRE-RJ também encerra-se nesta segunda-feira (24).

"Saio com a sensação de dever cumprido e com o coração leve", declarou a desembargadora eleitoral. A magistrada aproveitou a despedida para agradecer aos servidores que atuaram no seu gabinete e na Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro (EJE-RJ), da qual foi diretora.

Durante seu mandato, a EJE-RJ lançou o livro Mulheres Eleitoralistas - 5 anos de reflexões e diálogos e realizou, entre outros eventos, a XXII edição do Encontro Nacional do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje).