É falso que um hacker tenha invadido a rede interna do TRE-RJ em 2012 para desviar votos

Desinformação antiga e requentada para atacar as urnas ignora várias camadas de segurança do processo eletrônico

A expressão "é fake" em preto e vermelho

É falso que as eleições municipais de 2012 tenham sido fraudadas. Uma desinformação requentada daquele ano circula com a mentira de que um grupo liderado por um hacker de 19 anos chamado “Rangel” alegou ter invadido de forma ilegal a Intranet do TRE-RJ, rede corporativa interna do Tribunal. Eles então teriam alterado votos para beneficiar candidatos de uma cidade fluminense situada na Região dos Lagos. Tudo isso sem invadir as urnas eletrônicas, que não são conectadas a qualquer rede de computadores.

Inicialmente, algumas auditorias básicas na urna eletrônica demonstram a fragilidade dos argumentos da desinformação. Ao final da votação, as urnas eletrônicas imprimem o “boletim de urna” (BU), com o quantitativo de votos recebido por candidata ou candidato. Se houvesse de fato sucesso em alterar votos na transmissão, bastaria uma comparação simples dos votos impressos nesses BUs com o resultado da totalização no TSE, para denunciar a fraude.

Além disso, após uma contribuição de estudiosos da Universidade de Campinas que redigiram um relatório com a sugestão em 2002, a Justiça Eleitoral adotou a assinatura digital nos aquivos com os resultados de cada urna, que são transmitidos para a totalização no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Assim se houvesse a invasão e se houvesse qualquer alteração no destino dos votos digitados por eleitoras e eleitores, o sistema do TSE indicaria que a assinatura digital do arquivo estava inválida e recusaria realizar o processamento daqueles dados.

Por fim, há ainda o Registro Digital do Voto (RDV), que grava cada movimento realizado na urna eletrônica durante a votação, sem quebrar o sigilo dos votos, que ficam embaralhados. Novamente, tudo tem certificação e assinatura digitais. Uma suposta alteração nos votos de uma urna poderia ser constatada pelo boletim de urna e confirmada numa auditoria do RDV. Nada disso ocorreu, porque a alegada ação do grupo de fraudadores é inconsistente e mentirosa.

Na verdade, a partir da véspera da eleição e até o dia seguinte, a internet dos TREs de todo o país são bloqueadas, inclusive a do Rio de Janeiro. Para conseguir invadir a Intranet ou a qualquer outra rede ou sistema interno do Tribunal, o tal grupo de hackers liderado por Rangel teria que estar fisicamente diante de um computador instalado na sede ou cartório eleitoral, sem ser notado nem denunciado. Isso num dia em que os prédios do Tribunal estão protegidos por um esquema policial de segurança e com entrada restrita.

Enfim, eleitoras e eleitores brasileiros devem ter orgulho e confiança no processo eletrônico de votação. Além de ágil, segura e auditável, a urna eletrônica e todos os seus dispositivos de segurança representam a primeira aplicação direta e em grandes proporções da tecnologia de ponta em benefício da democracia.

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